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Fé e Incredulidade - Conseqüências naturais e governativas da fé e da incredulidade - Charles Finney

Conseqüências naturais e governativas da fé e da incredulidade


Por conseqüências naturais se quer dizer conseqüências que fluem da constituição e das leis da mente por uma necessidade natural. Por conseqüências governativas se quer dizer as que são o resultado da constituição, das leis e da administração do governo moral.

1. Uma das conseqüências naturais da fé é a paz de consciência. Quando a vontade recebe a verdade e se entrega em conformidade com ela, a consciência está satisfeita com sua atitude atual e a pessoa fica em paz consigo mesma. A alma está, então, num estado de se respeitar realmente a si mesma e pode, por assim dizer, ver a própria face sem ficar ruborizada. Mas a fé na verdade percebida é a condição inalterável de a pessoa estar em paz consigo mesma. Uma conseqüência governativa da fé é a paz com Deus:

(1) No sentido de que Deus está satisfeito com a vigente obediência da alma. É determinada a ser influenciada por toda a verdade e isto é inclusivo de todo dever. Claro que Deus está em paz com a alma na medida que sua obediência vigente está relacionada.

(2) A fé resulta governativamente em paz com Deus, no sentido de ser uma condição do perdão e aceitação. Quer dizer, a penalidade da lei pelos pecados passados é remida sob a condição da verdadeira fé em Cristo. A alma não só precisa de obediência presente e futura, como condição necessária de paz consigo mesma, mas também precisa de perdão e aceitação por parte do governo pelos pecados passados, como condição de paz com Deus. Mas visto que o tema da justificação ou aceitação a Deus deve vir à baila como um tema distinto a ser considerado, nada mais acrescentarei sobre o assunto aqui.

2. A auto-condenação é uma das conseqüências naturais da incredulidade. Tais são a constituição e as leis da mente que é naturalmente impossível para a mente justificar a rejeição da verdade pelo coração. Ao contrário, a consciência necessariamente condena tal rejeição e pronuncia julgamento contra ela.

A condenação legal é uma conseqüência governativa necessária da incredulidade. Nem o governo justo justifica a rejeição da verdade conhecida. Pelo contrário, todos os governos justos têm de detestar e condenar totalmente a rejeição das verdades, especialmente das verdades que se relacionam com a obediência do sujeito e o bem-estar maior dos governantes e governados. O governo de Deus tem de condenar e detestar inteiramente toda a incredulidade, como rejeição dessas verdades indispensáveis ao bem-estar maior do Universo.

3. Uma vida santa ou obediente é o resultado da fé por uma lei natural ou necessária. A fé é um ato da vontade que controla a vida por uma lei da necessidade. Conclui-se, evidentemente, que quando o coração recebe ou obedece a verdade, a vida exterior deve ser conformada à verdade recebida ou obedecida.

4. Uma vida desobediente e profana é o resultado da incredulidade também por uma lei da necessidade. Se o coração rejeita a verdade, claro que a vida não será conformada à verdade rejeitada.

5. A fé desenvolverá toda forma de virtude no coração e na vida à medida que as oportunidades surgirem. Consiste no compromisso da vontade com a verdade e ao Deus da verdade. Claro que à medida que ocasiões diferentes surgirem, a fé afiançará conformidade a toda a verdade em todos os assuntos e, então, toda modificação da virtude existirá no coração e aparecerá na vida à medida que as circunstâncias na providência de Deus a desenvolverem.

6. Pode esperar-se que a incredulidade desenvolva resistência a toda a verdade em todos os assuntos que estão em conflito com o egoísmo. Conseqüentemente nada mais lógico que o egoísmo em alguma forma possa conter seu aparecimento em qualquer outra forma possível ou concebível. Consiste, que seja lembrado, na rejeição central da verdade e implica a separação do erro. O resultado natural deve ser o desenvolvimento no coração e o aparecimento na vida de toda forma de egoísmo que não é evitado por alguma outra forma. Por exemplo, a avareza pode conter a amatividade, a intemperança e muitas outras formas de egoísmo.

7. A fé resulta governativamente na obtenção da ajuda de Deus. Deus pode e gratuitamente ajuda os que não têm fé. Mas este não é um resultado ou ato governativo em Deus. Mas para o obediente, Ele estende a sua proteção e ajuda governativa.

8. A fé deixa Deus habitar e reinar na alma. A fé recebe não só a expiação e obra mediadora de Cristo como Redentor do castigo, mas também recebe Cristo como Rei sentado em seu trono e reinando no coração. A fé garante para a alma a comunhão com Deus.

9. A incredulidade impede a entrada de Deus na alma, no sentido de recusar o seu reinado no coração. Também exclui a alma de um interesse na obra mediadora de Cristo. Isto não é o resultado de um compromisso arbitrário, mas uma conseqüência natural. A incredulidade impede a entrada da alma na comunhão com Deus.

Estas são sugestões de algumas das conseqüências naturais e governativas da fé e da incredulidade. Não são projetadas para esvaziar o tema, mas somente para chamar a atenção a tópicos que qualquer pessoa que desejar pode investigar por prazer próprio. Deve ser assinalado aqui que nenhum dos caminhos, mandamentos ou compromissos de Deus é arbitrário. A fé é uma condição da salvação naturalmente indispensável, sendo, portanto, a razão de ela se tornar uma condição governativa. A incredulidade torna a salvação naturalmente impossível, então, tem de torná-la governativamente impossível.

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