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A palavra de Cristo habite em vós abundantemente... Colossenses 3:16

Permanecendo na Palavra Genuina!

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho... Gálatas 1:6

Fomos chamados para Resgatar

2Co 5:18 Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação...

A Importância do Batismo

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... João 3:3

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A existência de Deus

A Existência de Deus


“Como sabemos que Deus existe? A resposta pode ser dada em duas partes: primeira, todas as pessoas têm uma intuição íntima de Deus. Segunda, cremos nas provas encontradas nas Escrituras e na natureza”.

Todas as pessoas de qualquer lugar têm uma profunda intuição íntima de que Deus existe, de que são criaturas de Deus e de que ele é seu Criador. Paulo diz que mesmo os gentios descrentes tinham “conhecimento de Deus”, mas não o honravam como Deus nem lhe eram gratos (Rm 1.21).

Na vida do cristão essa íntima consciência de Deus se torna mais forte e mais distinta.

Além da consciência íntima de Deus, que dá claro testemunho do fato de que ele existe, encontramos claras evidências da sua existência nas Escrituras e na natureza.

As provas de que Deus existe se encontram, logicamente, disseminadas por toda a Bíblia. De fato, a Bíblia sempre pressupõe que Deus existe.

Além das provas encontradas na existência dos seres humanos, há outra excelente evidência na natureza. Quem olha para o céu, de dia ou de noite, vê o sol, a lua e as estrelas, o firmamento e as nuvens, todos declarando continuamente pela sua existência, beleza e grandeza que foi um Criador poderoso e sábio quem os fez e os sustém na sua ordem.

As “provas” tradicionais da existência de Deus, arquitetadas por filósofos cristãos (e alguns não cristãos) de várias épocas da história, são de fato tentativas de analisar as evidências, especialmente as evidências da natureza, de modos extremamente cuidadosos e logicamente precisos, a fim de convencer as pessoas de que não é racional rejeitar a idéia de que Deus existe.

A maior parte das provas tradicionais da existência de Deus pode ser classificada em quatro tipos importantes de argumento:

1. O argumento cosmológico considera o fato de que toda coisa conhecida do universo tem uma causa.

2. O argumento teleológico é na verdade uma subcategoria do argumento cosmológico. Como o universo parece ter sido planejado com um propósito, deve necessariamente existir um Deus inteligente e determinado que o criou para funcionar assim.

3. O argumento ontológico parte da idéia de Deus, definido como um ser “maior do que qualquer coisa que se possa imaginar”.

4. O argumento moral parte do senso humano do certo e do errado, e da necessidade da imposição da justiça, e raciocina que deve necessariamente existir um Deus que seja a fonte do certo e do errado e que vá algum dia impor a justiça a todas as pessoas.

Como todos esses argumentos se baseiam em fatos sobre a criação que realmente são verdadeiros, podemos dizer que todas essas provas (quando cuidadosamente formuladas) são, num sentido objetivo, provas válidas porque avaliam corretamente as evidências e ponderam com acerto, chegando a uma conclusão verdadeira: de fato, o universo realmente tem Deus como causa, realmente dá provas de um planejamento deliberado, Deus realmente existe como ser maior do que qualquer coisa que se possa imaginar e ele realmente nos deu um senso do certo e do errado e um senso de que seu juízo virá algum dia.

Mas noutro sentido, se “válido” significa “capaz de conseguir que todos concordem, mesmo aqueles que partem de falsos pressupostos”, então é claro que nenhuma das provas é válida, pois nenhuma delas é capaz de fazer que todos aqueles que as ponderam acabem concordando.

Finalmente, é preciso lembrar que neste mundo pecador Deus precisa possibilitar que nos convençamos, senão jamais creríamos nele. Lemos que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4).

- Teologia Sistemática. Wayne Grudem, Edições Vida Nova -

O Perdão Divino!

O PERDÃO DIVINO


A mensagem do perdão é uma das mais lindas a atraentes na Palavra de Deus. No livro do profeta Isaías, 1:18, lemos: “Vinde e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como escarlata eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.”

O perdão divino vai muito além do que simplesmente declarar alguém inocente. O perdão de Deus não só remove a condenação, como oferece poder para que o pecador não continue na prática do pecado. O perdão tem que ver com a transformação do interior. O perdão não é somente necessário para eliminar a culpa por estarmos manchados pelo carmesim ou pela escarlata. O perdão de Deus, vai além. Ele transforma isso à semelhança da cor da neve ou da lã, simbolizando pureza.

Na triste experiência de Davi, rei de Israel, ao cometer uma sucessão de pecados iniciado no adultério com Bate Seba, foi ele despertado pelo profeta Natã. Reconhecendo seu pecado, o inspirado rei escreveu o Salmo 51. Aí encontramos três pedidos específicos que nos ajudam a entender a extensão dos efeitos do perdão de Deus em nossa vida.

Nos versos um e dois Davi pede a Deus respeitosamente perdão e purificação. Interessante esse pedido. Na primeira carta de João, capítulo um, versículo nove nós lemos que Deus é fiel para nos perdoar e nos purificar. No evangelho de João, 19:34, lemos que “um dos soldados feriu a Jesus no lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” O sangue é o símbolo do perdão e a água o símbolo da purificação. Com a morte de Cristo, não só é perdoado todo pecado, mas também é purificado aquele que o praticou. Davi rogava a Deus por perdão e purificação. E o terceiro pedido do rei que encontramos nessa oração do Salmo 51 está no verso 10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”. Davi pedia transformação interior.

Amigo ouvinte, o perdão isenta de condenação. Jesus já pagou o preço e sofreu a sentença! A purificação limpa a sujeita deixada naqueles que se envolvem com o pecado. E a transformação interior, como resultado da atuação do Espírito Santo na vida humana, capacita o indivíduo a viver segundo a vontade de Deus reclamada nas Escrituras.

Alguns julgam que para reclamar a bênção do perdão devem primeiro demonstrar que estão reformados. Mas isto não é assim! Jesus aprecia que nos acheguemos a Ele assim como somos, pecadores e desamparados. Podemos ir a Ele com todas as nossas fraquezas, leviandades e pecaminosidade. É Seu prazer nos receber em Seus braços de amor, perdoar nossos pecados e nos purificar de toda a impureza.

Aqui é onde milhares erram – não crêem que Jesus lhes perdoa. Mas devemos saber que é privilégio de todos os que quiserem, pois, perdão é oferecido amplamente para todo pecador.

Amigo ouvinte, as promessas de Deus são para você que me ouve e para eu também. Elas são para todo transgressor arrependido. Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas para todo aquele que crê. Ninguém é tão pecaminoso que não possa encontrar força, pureza e justiça em Jesus.

Deus não trata conosco da mesma maneira que os homens finitos tratam uns aos outros. Os pensamentos do Pai Celestial são de misericórdia, amor e terna compaixão. Em Isaías 55:7, temos o convite: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o vosso Deus, porque grandioso é em perdoar.” Que promessa maravilhosa! Deus é grandioso em perdoar!

Satanás está pronto para tirar de nós toda centelha de esperança e todo raio de luz. Mas não devemos consentir com as insinuações do inimigo do bem. Não devemos dar ouvidos ao tentador e sim lembrarmos que Jesus morreu para que pudéssemos viver. Deus desfaz nossas transgressões como a névoa os pecados, como a neblina (Isaías 44:22).

Sim, temos um Pai compassivo que está ansioso para nos perdoar. A parábola do filho pródigo, registrada em Lucas, capítulo 15 confirma essa verdade. Mesmo possuindo riquezas e conforto, o filho mais jovem pediu ao pai sua parte da herança e saiu em busca de prazeres numa terra distante. Tendo gastado toda a sua fortuna foi abandonado pelos próprios amigos na mais completa miséria. E enquanto cuidava de porcos se alimentava da comida deles e lembrava de quantos empregados na casa do pai estavam em melhores condições. Então decidiu o que haveria de dizer ao pai e tendo se levando partiu em direção à casa paterna.No verso 20 está a atitude do pai para com o filho pródigo. “E quando ainda estava longe, seu pai o viu, e movido de íntima compaixão, correndo lançou-lhe ao pescoço e o beijou.” É assim que Deus promete tratar a todos nós que nos extraviamos nos caminhos do pecado.

Em Jeremias 31:3 temos outra declaração maravilhosa: “Com amor eterno te amei, com bondade te atrai.” Amigo ouvinte, cada desejo de voltar para Deus não é senão a atuação do Espírito Santo, atraindo o perdido para o amante coração paterno.

O filho pródigo caiu aos pés do pai e reconheceu ser indigno de ser tratado como filho. Pede para ser recebido como empregado. Mas o pai não só perdoa, purifica e também ordena que a condição do filho seja transformada. Vestes, anel e uma grande festa marcam o retorno ao lar. E é assim que Deus quer fazer conosco. Ao aceitarmos Seu convite e nos aproximarmos dEle como somos e estamos, o infinito amor do Pai nos oferece o perdão, purifica e nos transforma.

Além de ser nosso advogado (I João 2:1) Jesus também promete jamais se lembrar de nossos pecados (Salmo 103:12). Não esqueça disso. Deus quer jogar todo o teu pecado nas profundezas do mar (Miquéias 7:19) e oferecer uma vida renovada pelo Seu amor e pelo Seu poder. É só querer. É só aceitar agora.

Eutanásia/Suicídio

Eutanásia/Suicídio

O término da vida provocado pelo homem deve basear-se nas Escrituras. (1Sm.2:6; Jó:2:7-10; Pv.31:6) - A concessão da vida é de seu proprietário (Deus).

Não é de competência do homem decidir o momento da vida ser extinta. O conceito da misericórdia dado à Eutanásia é equivocado porque implica em prestar socorro até o fim. Desistir da vida é não crer nos valores eternos.
O suicídio é condenado porque é assassinato de um ser à imagem de Deus (Gn.1:17; Ex.20:13;Jo.10:10): devemos nos amar (Mt.22:39;Ef.5:29); é falta de confiar em Deus(Rm.8:38-39); devemos lançar em Deus e não na morte, nossa confiança (1Jo.1:7 e 1 Pe.5:7). Nosso corpo é propriedade de Deus.

Aborto é Certo ou Errado?

ABORTO

A vida no útero materno (Jeremias 1:1-5): Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constitui profeta às nações.

AS PESSOAS TÊM VALOR MESMO ANTES DE NASCEREM.

Deus lhe conheceu, como conheceu a Jeremias, muito antes de você nascer ou ser concebido. Ele lhe conheceu, pensou a seu respeito, fez planos para você.

Quando você se sentir desencorajado ou inadequado, lembre-se que Deus sempre o considerou valioso e sempre teve um propósito para você. (Sl.139:1-24 - Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste.

DEUS OBRA NA VIDA DAS PESSOAS AINDA DENTRO DO ÚTERO.

O caráter de Deus participa na criação de cada pessoa. Quando você se sente sem valor, ou começa a se odiar, lembre-se que o Espírito de Deus está pronto e disposto a obrar em você. Deus pensa em você constantemente (Salmo 139:1-4). Devemos nos respeitar tanto quanto o Criador nos respeita.

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO ABORTO HOJE? Vidas

(2 Crônicas 28:1-8-Tinha Acaz vinte anos de idade, quando começou a reinar,e reinou dezesseis anos em Jerusalém; e não fez o que era reto perante o Senhor, como Davi seu pai (2 Crônicas 28:1).

O ABORTO É UM PECADO CONTRA DEUS.

Tente imaginar a monstruosidade de uma religião que oferece criancinhas como sacrifícios. Deus permitiu que Judá sofresse pesados danos como conseqüência das maldades de Acaz. Esta prática perdura até os dias atuais. O sacrifício de crianças aos duros deuses da conveniência, economia e desejos fugazes continua em clínicas esterilizadas em quantidades que assombrariam ao próprio Acaz. Se queremos permitir que crianças se aproximem de Jesus, precisamos primeiro permitir que venham ao mundo.

Diante do valor da vida humana concedida por Deus no ventre materno, o aborto provocado é crime praticado contra uma vida inocente e indefesa. O movimento feminista prega a mulher usar o corpo como dela, mas seu corpo é de Deus, que a criou. Existem muitos casos em que a sociedade alega razões sem respaldo bíblico. Com exceção do caso em que a vida não é totalmente desenvolvida do bebê, como os anencéfalos (sem cérebro), constituindo uma grande ameaça (morte) para a vida plenamente desenvolvida da mãe, tudo possível ao Deus de milagres, não há motivo justificável na Bíblia. (Ex.21:22;Jó.3:16;Sl.139:13). Quem não tiver umbigo, que se habilite.

Planejamento Familiar

Ter ou não filhos, não é questão meramente biológica, mas que envolve fé, amor e obediência aos princípios de Deus para a família. Filhos são bênçãos do Senhor (SI.127:3-5;128:3,4) e não devem ser evitados por razões egoísticas e utilitaristas. A limitação de filhos por vaidade é pecado; contudo, dependendo da vontade de Deus, a possibilidade do cuidado com os filhos(1Tm.5:8) deve ser observado. Ser irresponsável é ignorância e precisamos reter o bem (1Ts.5:21).

O potencial do casamento é a paternidade que deve ser observada (responsável). Para usar o controle hormonal em problemas nos ovários à controle médico, medicação especializada deve ser consultada.


Fé e Incredulidade - Conseqüências naturais e governativas da fé e da incredulidade - Charles Finney

Conseqüências naturais e governativas da fé e da incredulidade


Por conseqüências naturais se quer dizer conseqüências que fluem da constituição e das leis da mente por uma necessidade natural. Por conseqüências governativas se quer dizer as que são o resultado da constituição, das leis e da administração do governo moral.

1. Uma das conseqüências naturais da fé é a paz de consciência. Quando a vontade recebe a verdade e se entrega em conformidade com ela, a consciência está satisfeita com sua atitude atual e a pessoa fica em paz consigo mesma. A alma está, então, num estado de se respeitar realmente a si mesma e pode, por assim dizer, ver a própria face sem ficar ruborizada. Mas a fé na verdade percebida é a condição inalterável de a pessoa estar em paz consigo mesma. Uma conseqüência governativa da fé é a paz com Deus:

(1) No sentido de que Deus está satisfeito com a vigente obediência da alma. É determinada a ser influenciada por toda a verdade e isto é inclusivo de todo dever. Claro que Deus está em paz com a alma na medida que sua obediência vigente está relacionada.

(2) A fé resulta governativamente em paz com Deus, no sentido de ser uma condição do perdão e aceitação. Quer dizer, a penalidade da lei pelos pecados passados é remida sob a condição da verdadeira fé em Cristo. A alma não só precisa de obediência presente e futura, como condição necessária de paz consigo mesma, mas também precisa de perdão e aceitação por parte do governo pelos pecados passados, como condição de paz com Deus. Mas visto que o tema da justificação ou aceitação a Deus deve vir à baila como um tema distinto a ser considerado, nada mais acrescentarei sobre o assunto aqui.

2. A auto-condenação é uma das conseqüências naturais da incredulidade. Tais são a constituição e as leis da mente que é naturalmente impossível para a mente justificar a rejeição da verdade pelo coração. Ao contrário, a consciência necessariamente condena tal rejeição e pronuncia julgamento contra ela.

A condenação legal é uma conseqüência governativa necessária da incredulidade. Nem o governo justo justifica a rejeição da verdade conhecida. Pelo contrário, todos os governos justos têm de detestar e condenar totalmente a rejeição das verdades, especialmente das verdades que se relacionam com a obediência do sujeito e o bem-estar maior dos governantes e governados. O governo de Deus tem de condenar e detestar inteiramente toda a incredulidade, como rejeição dessas verdades indispensáveis ao bem-estar maior do Universo.

3. Uma vida santa ou obediente é o resultado da fé por uma lei natural ou necessária. A fé é um ato da vontade que controla a vida por uma lei da necessidade. Conclui-se, evidentemente, que quando o coração recebe ou obedece a verdade, a vida exterior deve ser conformada à verdade recebida ou obedecida.

4. Uma vida desobediente e profana é o resultado da incredulidade também por uma lei da necessidade. Se o coração rejeita a verdade, claro que a vida não será conformada à verdade rejeitada.

5. A fé desenvolverá toda forma de virtude no coração e na vida à medida que as oportunidades surgirem. Consiste no compromisso da vontade com a verdade e ao Deus da verdade. Claro que à medida que ocasiões diferentes surgirem, a fé afiançará conformidade a toda a verdade em todos os assuntos e, então, toda modificação da virtude existirá no coração e aparecerá na vida à medida que as circunstâncias na providência de Deus a desenvolverem.

6. Pode esperar-se que a incredulidade desenvolva resistência a toda a verdade em todos os assuntos que estão em conflito com o egoísmo. Conseqüentemente nada mais lógico que o egoísmo em alguma forma possa conter seu aparecimento em qualquer outra forma possível ou concebível. Consiste, que seja lembrado, na rejeição central da verdade e implica a separação do erro. O resultado natural deve ser o desenvolvimento no coração e o aparecimento na vida de toda forma de egoísmo que não é evitado por alguma outra forma. Por exemplo, a avareza pode conter a amatividade, a intemperança e muitas outras formas de egoísmo.

7. A fé resulta governativamente na obtenção da ajuda de Deus. Deus pode e gratuitamente ajuda os que não têm fé. Mas este não é um resultado ou ato governativo em Deus. Mas para o obediente, Ele estende a sua proteção e ajuda governativa.

8. A fé deixa Deus habitar e reinar na alma. A fé recebe não só a expiação e obra mediadora de Cristo como Redentor do castigo, mas também recebe Cristo como Rei sentado em seu trono e reinando no coração. A fé garante para a alma a comunhão com Deus.

9. A incredulidade impede a entrada de Deus na alma, no sentido de recusar o seu reinado no coração. Também exclui a alma de um interesse na obra mediadora de Cristo. Isto não é o resultado de um compromisso arbitrário, mas uma conseqüência natural. A incredulidade impede a entrada da alma na comunhão com Deus.

Estas são sugestões de algumas das conseqüências naturais e governativas da fé e da incredulidade. Não são projetadas para esvaziar o tema, mas somente para chamar a atenção a tópicos que qualquer pessoa que desejar pode investigar por prazer próprio. Deve ser assinalado aqui que nenhum dos caminhos, mandamentos ou compromissos de Deus é arbitrário. A fé é uma condição da salvação naturalmente indispensável, sendo, portanto, a razão de ela se tornar uma condição governativa. A incredulidade torna a salvação naturalmente impossível, então, tem de torná-la governativamente impossível.

Fé e Incredulidade - A culpa e o merecimento da incredulidade - Charles Finney

A culpa e o merecimento da incredulidade


Vimos, em ocasião anterior, que a culpa do pecado é condicionada e graduada pela luz sob a qual o pecado é cometido. A quantidade de luz é a medida da culpa em todos os casos de pecado. Isto é verdade acerca de todos os pecados. Mas é peculiarmente manifesto no pecado da incredulidade, pois a incredulidade é a rejeição da luz, é o egoísmo na atitude de rejeitar a verdade. Claro que a quantidade de luz rejeitada e o grau de culpa em rejeitá-la são iguais. Isto é presumido em todos lugares e ensinado na Bíblia, sendo, com clareza, a doutrina da razão.

A culpa da incredulidade sob a luz do Evangelho deve ser indefinidamente maior do que somente quando a luz da natureza é rejeitada. A culpa da incredulidade, em casos onde a iluminação divina especial foi desfrutada, deve ser imensa e incalculavelmente maior do que onde a mera luz do Evangelho foi desfrutada sem uma iluminação especial do Espírito Santo.

A culpa da incredulidade naquele que se converteu e conheceu o amor de Deus deve ser incomparavelmente maior do que a de um pecador comum. Essas coisas implícitas na incredulidade demonstram que deve ser uma das mais provocantes abominações a Deus no Universo. É a perfeição de tudo o que é irracional, injusto e ruinoso. É infinitamente difamador e desonroso a Deus e destrutivo ao homem e a todos os interesses do Reino de Deus.

Fé e Incredulidade - Condições da fé e da incredulidade - Charles Finney

Condições da fé e da incredulidade


1. Uma revelação à mente da verdade e vontade de Deus deve ser uma condição da fé e da incredulidade. Que seja lembrado que nem a fé nem a incredulidade são coerentes com uma ignorância total. Não pode haver incredulidade mais do que há luz.

2. A respeito daquela classe de verdades que só são discernidas sob a condição da iluminação divina, tal iluminação deve ser uma condição para a fé e para a incredulidade. Deve ser acentuado que quando uma verdade foi revelada uma vez pelo Espírito Santo à alma, a continuação da luz divina não é essencial para a continuação da incredulidade. A verdade, uma vez conhecida e alojada na memória, pode continuar sendo resistida, quando o agente que a revelou é retirado.

3. A percepção intelectual é uma condição da incredulidade do coração. O intelecto tem de ter evidência da verdade como condição de uma convicção virtuosa na verdade. Assim o intelecto tem de ter evidência da verdade como condição de uma rejeição maldosa da verdade. Portanto, a luz intelectual é a condição tanto da fé do coração quanto da incredulidade do coração. Pela afirmação de que a luz intelectual é uma condição da incredulidade não se quer dizer que o intelecto a toda hora admita teoricamente a verdade, mas que a evidência deve ser tal que em virtude de suas próprias leis a mente ou intelecto pode admitir com justiça a verdade rejeitada pelo coração. É caso muito comum que o incrédulo negue em palavras e empreenda refutar teoricamente o que ele não obstante presume como verdadeiro em todos os seus julgamentos práticos.

Fé e Incredulidade - O que é incredulidade - Charles Finney

O que é incredulidade.


O termo, como empregado nas passagens bíblicas que representam a incredulidade como pecado, tem de designar um fenômeno da vontade. Deve ser um estado voluntário da mente. Deve ser o oposto da fé evangélica. A fé é a recepção da vontade; a incredulidade, a rejeição da vontade, da verdade. A fé é a confiança da alma na verdade e no Deus da verdade. A incredulidade é a confiança retentora da alma proveniente da verdade e do Deus da verdade. É a rejeição central da evidência e a recusa de ser influenciada por ela. É a vontade na atitude de oposição à verdade percebida ou evidência apresentada. O ceticismo intelectual ou incredulidade, onde a luz é oferecida, sempre implica a incredulidade da vontade ou do coração. Pois se a mente sabe ou supõe que a luz pode ser obtida em qualquer questão de dever e não faz esforços honestos para obtê-la, esta atitude só pode ser responsável pela relutância da vontade em saber o caminho do dever. Neste caso, a luz é rejeitada. A mente tem luz na medida que sabe que mais é oferecido, mas esta luz oferecida é rejeitada. Este é o pecado da incredulidade. Toda a infidelidade é incredulidade neste sentido, e os infiéis o são não pelo desejo de luz, mas em geral porque se esforçam demais para fechar os olhos a ela. A incredulidade tem de ser um estado voluntário da vontade, como distinto de uma mera volição ou ato executivo da vontade. A volição pode e freqüentemente produz descrença mediante palavras e ações, expressões e manifestações de incredulidade. Mas a volição é apenas um resultado da incredulidade e não lhe é idêntica. A incredulidade é um estado mais profundo, mais eficiente e mais permanente da mente do que a mera volição. É a vontade em sua mais entranhável oposição à verdade e vontade de Deus.

Fé e Incredulidade - O que a incredulidade não é - Charles Finney

O que a incredulidade não é.


1. Não é ignorância da verdade. Ignorância é um espaço em branco, é a negação ou ausência de conhecimento. Esta certamente não pode ser a incredulidade representada na Bíblia como um pecado odioso. A ignorância pode ser uma conseqüência da incredulidade, mas não lhe pode ser idêntica. Podemos ser ignorantes de certas verdades como conseqüência de rejeitar outras, mas esta ignorância não é, como veremos, incredulidade.

2. A incredulidade não é a negação ou ausência de fé. Isto seria um mero nada — uma não-entidade. Mas um mero nada não é aquela coisa abominável que as Escrituras representam como um pecado grande e condenável.

3. Não pode ser fenômeno do intelecto ou ceticismo intelectual. Este estado do intelecto pode ser o resultado do estado da mente adequadamente denominado de incredulidade, mas não lhe pode ser idêntico. A dúvida intelectual ou incredulidade é muitas vezes o resultado da incredulidade assim adequadamente chamada, mas a incredulidade, quando considerada como pecado, nunca deveria ser confundida com infidelidade teórica ou intelectual. Elas são tão completamente distintas quanto o são dois fenômenos da mente.

4. Não pode consistir em sentimentos ou emoções de incredulidade, dúvida ou oposição à verdade. Em outras palavras, a incredulidade como pecado não pode ser um fenômeno da sensibilidade. O termo incredulidade é, às vezes, usado para expressar ou designar um estado do intelecto e, outras vezes, da sensibilidade. Por vezes é usado para designar um estado de incredulidade intelectual, dúvida, desconfiança, ceticismo. Mas quando usado neste sentido, o caráter moral não é, com razão, a afirmação do estado da mente que o termo incredulidade representa.

Às vezes, o termo expressa um mero sentimento de incredulidade com respeito a verdade. Mas não caracteriza o estado de caráter moral da mente, nem pode caracterizar, pela fato de ser involuntário. Em resumo, a incredulidade tão duramente denunciada na Bíblia como uma abominacão muito exasperante, não pode consistir em qualquer estado involuntário da mente.

Fé e Incredulidade - O que está implícito na fé evangélica? - Charles Finney

O que está implícito na fé evangélica?


1. Implica uma percepção intelectual dos fatos e verdades cridos. Ninguém pode crer no que não entende. E impossível crer que a mente possa entender aquilo que não lhe foi revelado. Tem sido erroneamente presumido que a fé não precisou de luz, ou seja, que não é essencial à fé entendermos as doutrinas ou os fatos a que somos chamados a crer. Esta é uma pressuposição falsa, pois como podemos crer ou confiar no que não entendemos? Primeiro tenho de entender qual é a proposição, o fato, a doutrina ou a coisa antes de poder dizer se eu creio ou se devo crer ou não. Se você me declarar uma proposição numa língua que não conheço e me perguntar se eu creio, tenho de responder que não, porque não entendo os termos da proposição. Talvez eu viesse a crer na verdade expressa ou talvez não, não sei, até que eu entendesse a proposição. Qualquer fato ou doutrina não compreendidos são como uma proposição apresentada num idioma desconhecido. É impossível que a mente a receba ou rejeite, creia ou descreia até que seja compreendida. Podemos receber ou crer numa verdade, ou fato, ou doutrina, não mais além do limite do que entendemos. Na medida que o entendemos, até a essa medida cremos, embora possamos não entender tudo a respeito. Por exemplo: Eu posso crer na divindade e humanidade de Jesus Cristo. Que Ele é tanto Deus quanto homem é um fato que posso entender. Assim, até esse ponto posso crer. Mas não consigo entender como é que a sua divindade e a sua humanidade se unem. Portanto, eu só creio no fato de que estão juntas; não sei absolutamente nada sobre o modo quo da união e não creio mais do que sei. Assim posso entender que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma unidade. Que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, que o Espírito Santo é Deus, que estes três são pessoas divinas posso entender como fato. Também posso entender que não há contradição ou impossibilidade no fato declarado de que estes três são um em substância; que em sentido diferente são um em três; que são três em um sentido e um em outro. Entendo que isto pode ser um fato e então posso crer. Mas o modo quo da união não entendo nem creio, ou seja, eu não tenho teoria, idéia, dados sobre o assunto, não tenho opinião e, por conseguinte, não tenho fé sobre a maneira pela qual estão unidos. Então, a fé em qualquer fato ou doutrina implica que o intelecto tem uma idéia, ou que a alma tem uma compreensão, uma opinião do que o coração aceita ou crê.

2. A fé evangélica implica a apropriação das verdades do Evangelho para nós mesmos. Exige uma aceitação de Cristo como nossa sabedoria, justiça, santificação e redenção. A alma que verdadeiramente crê, aceita que Cristo provou a morte por todos os homens. Apreende Cristo como o Salvador do mundo, como oferecido a todos e o recebe para si mesma. Apropria-se para si mesma de sua expiação, ressurreição, intercessão e suas promessas. Cristo é apresentado no Evangelho não só como o Salvador do mundo, mas também para a aceitação individual dos homens. Ele é aceito pelo mundo não mais do que é aceito por indivíduos. Ele salva o mundo não mais do que salva os indivíduos. Ele morreu pelo mundo, porque morreu pelos indivíduos que compõem a raça. A fé evangélica implica a convicção das verdades da Bíblia, a apreensão das verdades há pouco nomeadas e uma recepção delas e aceitação pessoal e apropriação de Cristo para satisfazer as necessidades de cada alma.

3. A fé evangélica implica uma vida evangélica. Isto não seria verdade se a fé fosse somente um estado ou exercício intelectual. Mas visto que, como vimos, a fé é do coração, visto que consiste na entrega da vontade a Cristo, segue-se, por uma lei da necessidade, que a vida corresponderá à fé. Que isto seja mantido em perpétua lembrança.

4. A fé evangélica implica arrependimento diante de Deus. A fé evangélica diz respeito particularmente a Jesus Cristo e sua salvação. E uma aceitação de Cristo e sua salvação. Claro que implica arrependimento diante de Deus, ou seja, uma mudança desde o pecado para Deus. A vontade não pode ser submetida a Cristo, não pode recebê-lo como está apresentado no Evangelho, enquanto negligencia o arrependimento diante de Deus, enquanto rejeita a autoridade do Pai, não pode aceitar o Filho e submeter-se a Ele.

5. A benevolência desinteressada ou um estado de boa vontade do ser humano estão implícitos na fé evangélica, pois isto é a entrega da alma a Deus e a Cristo em toda a obediência. Então, tem de implicar companheirismo com o Senhor em relação ao grande fim no qual o seu coração está estabelecido e pelo qual ele vive. Uma rendição da vontade e da alma ao Senhor tem de implicar a aceitação do mesmo fim que Ele abarca.

6. Implica um estado da sensibilidade que corresponde às verdades cridas. Ou seja, este estado da sensibilidade é um resultado da fé mediante uma lei da necessidade, e este resultado se segue necessariamente a aceitação de Cristo e do seu Evangelho pelo coração.

7. Claro que implica paz de mente. Em Cristo a alma encontra sua salvação plena e vigente. Encontra justificação que produz o senso de perdão e aceitação. Encontra santificação ou graça para libertar-se do poder reinante do pecado. Encontra todos os seus desejos satisfeitos e toda a graça necessária oferecida para sua ajuda. Não vê causa de perturbação, nada a pedir ou desejar que não esteja entesourado em Cristo. Deixou de fazer guerra com Deus — consigo mesma. Encontra seu lugar de repouso em Cristo e descansa na paz profunda sob a sombra do Todo-Poderoso.

8. Tem de implicar a existência na alma de toda virtude, porque é uma entrega do ser inteiro à vontade de Deus. Por conseguinte, todas as fases da virtude exigidas pelo Evangelho devem estar implícitas como existentes, quer em um estado desenvolvido, quer não desenvolvido, em todo o coração que verdadeiramente recebe Cristo pela fé. Certas formas ou modificações de virtude não podem em todos os casos encontrar ocasião de desenvolvimento, mas é certo que toda modificação da virtude se manifestará à medida que a oportunidade surgir, se houver uma fé verdadeira e viva em Cristo. Isto se conclui da própria natureza da fé.

9. A presente fé evangélica implica um estado de não pecaminosidade vigente. Observe que a fé é a entrega, mediante o compromisso, da vontade inteira e do ser inteiro a Cristo. Isto, e nada menos que isto, é fé evangélica. Compreende, também, o todo da verdadeira e vigente obediência a Cristo. Esta é a razão por que a fé é falada como a condição e, por assim dizer, a única condição de salvação. Realmente implica toda a virtude. A fé pode ser considerada como uma forma distinta de virtude e como um atributo de amor, ou como inclusiva de toda a virtude. Quando considerada como um atributo de amor é apenas um ramo da santificação. Quando considerada no sentido mais amplo de conformidade universal da vontade à vontade de Deus, então é sinônimo da inteira santificação vigente. Considerada sob qualquer luz, sua existência no coração deve ser incompatível com o pecado presente. A fé é uma atitude da vontade e é completamente incompatível com a vigente rebelião da vontade contra Cristo. Isto tem de ser verdade, ou então o que é fé?

10. A fé implica a recepção e a prática de toda verdade conhecida ou percebida. O coração que aceita e recebe a verdade como verdade, e porque é verdade, tem obviamente de receber toda a verdade conhecida. Porque é completamente impossível que a vontade aceite um pouco da verdade percebida por uma razão benevolente e rejeite outra verdade percebida. Toda verdade é harmoniosa. Uma verdade sempre é consistente com todas as outras verdades. O coração que em verdade aceita uma, irá, pela mesma razão, aceitar todas as verdades conhecidas. Assim, qualquer verdade revelada é realmente recebida, tornando-se impossível que toda a verdade não seja recebida assim que for conhecida.

Fé e Incredulidade - O que é a Fé Evangélica - Charles Finney

O que é a fé evangélica.

Visto que a Bíblia representa uniformemente a fé salvadora ou evangélica como uma virtude, sabemos, portanto, que tem de ser um fenômeno da vontade. É um estado eficiente da mente e, portanto, tem de consistir na aceitação da verdade pelo coração ou pela vontade. E o fechamento da vontade com as verdades do Evangelho. É o ato da alma se entregar ou se comprometer com as verdades do sistema evangélico. É uma confiança em Cristo, uma entrega da alma e de todo o ser ao Senhor, nos seus vários ofícios e relações com os homens. É uma segurança nEle e no que está revelado a seu respeito em sua palavra. E descansar em sua providência pelo poder do Espírito.
A mesma palavra que no Novo Testamento é freqüentemente traduzida por fé também se traduz por confiar, como, por exemplo: "Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia" (Jo 2.24). "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?" (Lc 16.11). Nestas passagens a palavra traduzida por confiar é a mesma palavra traduzida por fé. É uma confiança em Deus e em Cristo, conforme está revelada na Bíblia e na razão. É uma recepção do testemunho de Deus concernente a Ele mesmo e relativo a todas as coisas das quais falou. E um recebimento de Cristo pelo que Ele é em seu Evangelho, e uma rendição não qualificada da vontade e do ser inteiro ao Senhor.

Fé e Incredulidade - O que a Fé Evangélica não é - Charles Finney

O que a fé evangélica não é.

1. O termo fé, como a maioria das outras palavras, tem sentidos diversos e às vezes é manifestadamente usado na Bíblia para designar um estado do intelecto, significando uma persuasão inconteste, uma convicção firme, um consentimento intelectual sem hesitação. Porém, este não é o seu significado evangélico. A fé evangélica não pode ser um fenômeno do intelecto pela razão óbvia de que, quando usada no sentido cristão, sempre é considerada como uma virtude. Mas a virtude não pode ser pressuposta dos estados intelectuais, porque estes são estados involuntários ou passivos da mente. A fé é uma condição da salvação. É algo que nos mandam fazer sob pena da morte eterna. Mas se é algo a ser feito — um dever solene — não pode ser um estado meramente passivo, uma mera convicção intelectual. A Bíblia faz distinção entre a fé intelectual e a fé salvadora. Há uma fé dos demônios e há uma fé dos santos. Tiago faz distinção clara entre elas e também entre a fé antinomiana e a fé salvadora. "Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem e es¬tremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura
Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada, e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tg 2.17-26). A distinção está claramente assinalada aqui, como em outros textos da Bíblia, entre a fé intelectual e a fé salvadora. Uma produz boas obras ou uma vida santa, a outra é improdutiva. Isto mostra que uma é apenas fenômeno do intelecto e — é claro — não controla a conduta. A outra deve ser fenômeno da vontade, porque se manifesta na vida exterior. A fé evangélica, então, não é uma convicção, uma percepção da verdade. Não pertence ao intelecto, embora implica em convicção intelectual, mesmo que o elemento evangélico ou virtuoso não ponha nisso a sua base.

2. Não é um sentimento de qualquer tipo, ou seja, não pertence a nenhum fenômeno da sensibilidade. Os fenômenos da sensibilidade são estados passivos da mente e, portanto, não têm caráter moral em si mesmos. A fé, considerada uma virtude, não pode consistir em algum estado involuntário da mente. Está representada na Bíblia como um estado ativo e muito eficiente. Trabalha e "trabalha por amor". Produz "a obediência da fé". Dizem que os cristãos devem ser santificados pela fé que está em Cristo. De fato, a Bíblia, em uma grande variedade de instâncias e maneiras, representa a fé em Deus e em Cristo como uma forma cardeal de virtude e como a mola mestra de uma vida exteriormente santa. Por conseguinte, não pode consistir em algum estado involuntário da mente.

Sexualidade: Luxuria

Sexualidade : LUXÚRIA
O Pecado da Luxúria na Biblia :

Assim desejaste a luxúria da tua mocidade, quando os egípcios apalpavam os teus seios, para violentar os peitos da tua mocidade. (Eze 23:21)

Assim farei cessar em ti a tua luxúria e a tua prostituição trazida da terra do Egito; de modo que não levantarás os teus olhos para eles, nem te lembrarás mais do Egito. (Eze 23:27)

e eles te tratarão com ódio, e levarão todo o fruto do teu trabalho, e te deixarão nua e despida; e descobrir-se-á a vergonha da tua prostituição, e a tua luxúria, e as tuas devassidões. (Eze 23:29)

Portanto, assim diz o Senhor Deus: Como te esqueceste de mim, e me lançaste para trás das tuas costas, também carregarás com a tua luxúria e as tuas devassidões. (Eze 23:35)

A ferrugem é a tua imundícia de luxúria, porquanto te purifiquei, e tu não te purificaste, não serás purificada nunca da tua imundícia, enquanto eu não tenha satisfeito sobre ti a minha indignação. (Eze 24:13)

Comerão, mas não se fartarão; entregar-se-ão à luxúria, mas não se multiplicarão; porque deixaram de atentar para o Senhor. (Osé 4:10)

O meu povo consulta ao seu pau, e a sua vara lhe dá respostas, porque o espírito de luxúria os enganou, e eles, prostituindo-se, abandonam o seu Deus. (Osé 4:12)

Acabando eles de beber, lançam-se à luxúria; certamente os seus príncipes amam a vergonha. (Osé 4:18)

Todas as pessoas são pecadoras perante Deus.
As Escrituras em muitas passagens dão testemunho da pecaminosidade universal da humanidade. “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Sl 14.3). Diz Davi: “À tua vista não há justo nenhum vivente” (Sl 143.2). E diz Salomão: “Não há homem que não peque” (1Rs 8.46; cf. Pv 20.9).
No Novo Testamento, Paulo tece uma extensa argumentação em Romanos 1.18-3.20, mostrando que todas as pessoas, tanto judeus como gregos, apresentam-se culpados perante Deus. Diz ele: “Todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer” (Rm 3.9-10). Ele está certo de que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Tiago, o irmão do Senhor, admite: “Todos tropeçamos em muitas coisas” (Tg 3.2), e se ele, que era apóstolo e líder da igreja primitiva, admitiu que cometia muitos erros, então também nós devemos nos dispor a admiti-lo. João, o discípulo amado, que era especialmente íntimo de Jesus, disse:
Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós (1Jo 1.8-10).
COMENTAREMOS SOBRE UM PONTO ESPECIFICO : LUXÚRIA
O QUE É LUXÚRIA?
- Desejo desordenado pelo sexo.
- Escravidão do sexo sem controle.
- Vício da pornografia, vulgaridade.
- Quantidade de sexo que ocupa a mente.
O PROJETO DE DEUS
- Sexo foi criado por Deus: Gn 1.26; 2.24
- Expressão do sexo: casamento (Hb 13.4)
- O que esperar do solteiro: CASTIDADE
- O que esperar do casado: FIDELIDADE



(O casamento tem que ser puro  Respeito  Relacionamento completo – Não se deve ter relações antes do casamento, se não, haverá frustrações na vida espiritual)
“A confiança se obtém no inicio do relacionamento, antes do casamento, não se pode ter contato físicos, pois, certamente a desconfiança chegará diante do casamento e a insegurança”
Existem graus de pecado? Serão alguns pecados piores do que outros?
A pergunta pode ser respondida de modo afirmativo ou negativo, dependendo do sentido que se lhe dê.
a. Culpa legal. No tocante à nossa posição legal perante Deus, qualquer pecado, mesmo aquilo que nos pareça um pecado leve, torna-nos legalmente culpados perante Deus e, portanto, dignos de castigo eterno. Adão e Eva aprenderam isso no jardim do Éden, onde Deus lhes disse que um só ato de desobediência resultaria na pena de morte (Gn 2.17). E Paulo afirma que “o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação” (Rm 5.16). Esse único pecado tornou Adão e Eva pecadores perante Deus, já incapazes de permanecer na santa presença divina.
Essa verdade permanece válida durante toda a história da raça humana. Paulo (citando Dt 27.26) a confirma: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las” (Gl 3.10). E Tiago declara:
Qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei (Tg 2.10-11).
Portanto, em termos de culpa legal, todos os pecados são igualmente maus, pois nos fazem legalmente culpados perante Deus e nos constituem pecadores.
b. Conseqüências na vida e no relacionamento com Deus. Por outro lado, alguns pecados são piores do que outros, pois trazem conseqüências mais danosas para nós e para os outros e, no tocante ao nosso relacionamento pessoal com Deus Pai, provocam-lhe desprazer e geram ruptura mais grave na nossa comunhão com ele.
As Escrituras às vezes falam de níveis de gravidade do pecado. Estando Jesus diante de Pôncio Pilatos, disse ele: “Quem me entrega a ti maior pecado tem” (Jo 19.11). A referência é aparentemente a Judas, que convivera com Jesus durante três anos e, no entanto, deliberadamente o traía entregando-o à morte. Embora Pilatos tivesse autoridade sobre Jesus em virtude do seu cargo no governo, mesmo sendo errado permitir que um homem inocente fosse condenado à morte, o pecado de Judas era bem “maior”, provavelmente por causa do conhecimento bem maior e da malícia associada e esse conhecimento.
A PERVERSÃO HUMANA

- Fornicação: sexo entre solteiros.
- Adultério: sexo com alguém casado.
- Homossexualidade: alguém do mesmo sexo.
- Masturbação: prazer sexual com as mãos.

- Estupro: sexo com violência.
- Zoofilia: sexo com animais.
- Sadomasoquismo: sexo com dor.
- Necrofilia: sexo com cadáver.


Tudo isso parece assombroso quando se trata do ser humano se comportar desta maneira! Pior é quando vemos pessoas que se dizem crentes ter tais atitudes! Isso assusta a muitos e é notório em nosso meio. Porque que existem muitos que são apenas crentes nominais. Não cabe a nós julgar quem é certo ou errado, simplesmente temos que cuidar da nossa própria vida espiritual e comunhão com nosso Deus. Se você olhasse para dentro de si de que maneira você imagina que Deus te vê? Uma pessoa irrepreensível? Uma pessoa exemplar? Um obreiro exemplar? Ou um lixo? Uma podridão?
Jesus falou o seguinte: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. João 8v 34 Lembre-se Jesus é a verdade que nos liberta!!! (João 8v 36)
O que acontece quando um cristão peca?
a. Nossa posição perante Deus fica inalterada.
Embora esse assunto pudesse ser abordado adiante, juntamente com a adoção ou a santificação dentro da vida cristã, convém certamente abordá-lo aqui.
Quando o cristão peca, sua posição legal perante Deus permanece inalterada. Ele ainda assim é perdoado, pois “já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). A salvação não se baseia nos nossos méritos, mas é dádiva gratuita de Deus (Rm 6.23), e a morte de Cristo sem dúvida nenhuma expiou todos os nossos pecados — passados, presentes e futuros; Cristo morreu “pelos nossos pecados” (1Co 15.3), sem distinção. Em termos teológicos, conservamos assim nossa “justificação”.
b. Nossa comunhão com Deus se interrompe e nossa vida cristã se prejudica.
Quando pecamos, ainda que Deus não deixe de nos amar, ele se desgosta conosco. (Mesmo o homem pode amar alguém e ao mesmo tempo se desgostar com esse alguém, como qualquer pai pode confirmar, ou qualquer esposa, ou qualquer marido.) Paulo nos diz que os cristãos podem entristecer “o Espírito de Deus” (Ef 4.30); quando pecamos, lhe causamos pesar e ele se desgosta conosco. O autor de Hebreus nos lembra que “o Senhor corrige a quem ama” (Hb 12.6, citando Pv 3.11-12) e que o “Pai espiritual [...] nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.9-10).
c. O perigo dos “evangélicos não convertidos”.
Embora o cristão genuíno que peca não perca a sua justificação ou adoção perante Deus (ver acima), convém deixar bem claro que a mera associação a uma igreja evangélica, a mera conformidade exterior aos parâmetros “cristãos” de conduta esperados, não garante a salvação. Especialmente em sociedades e culturas em que para as pessoas é fácil (ou mesmo natural) ser cristão, existe a possibilidade real de que alguns que na verdade não nasceram de novo entrem na igreja. Se essas pessoas acabam cada vez mais revelando desobediência a Cristo na sua conduta, não devem se deixar iludir acreditando que ainda contam com justificação ou adoção na família de Deus.
Dicas práticas sobre a sexualidade:
Selecione o que você assiste, lê e ouve. Você tem a mente de Cristo!
Tenha momentos de oração e leitura da bíblia com seu namorado (a)
Tenha amizade com a família do seu namorado (a)
Não se isole das pessoas.
Converse com seu pastor sobre seu relacionamento, sonhos e lutas.
Nunca se esquecer que quem ama espera!

Luxúria Feminina:
- Luxúria PROVOCATIVA
- Necessidade de mostrar.
- Vontade de seduzir.
- Prazer em competir.
- Voz do Diabo: ‘Mostre tudo’.

Luxúria Masculina:
- Luxúria CONTEMPLATIVA
- Necessidade de olhar.
- Vontade de tocar, possuir.
- Prazer em conquistar, sentir.
- Voz do Diabo: ‘olhe à vontade’.


C.S.Lewis: ‘Vamos orar para que o ser humano jamais escape da Terra, para que ele não leve sua maldade para outros lugares’.
MENTIRAS DO DIABO VERDADES DE DEUS
As mudanças do meu corpo me obrigam ao pecado sexual. Vivemos na era da sensualidade. Nem tudo convém fazer. Leia 1 Coríntios 6.12 Discernimento e bom senso.
A castidade é ruim para mim. Se não transar vou perder uma grande fonte de prazer. Deus tem o melhor para você. Leia 1 Tessalonicenses 4.3
Todos se divertem muito com o sexo. Para onde olho só vejo sexo. Pessoas colhem o que plantam. Leia Gálatas 6.7,8 (tristeza, culpa, doenças)
Sexo não é vício. Só mais uma vez. Quando quiser, eu paro. Depois Deus perdoa. O pecado sexual escraviza e te afasta do Senhor Jesus. Leia Romanos 6.11

Parábola do trigo e do joio


(Mt 13:24-30; 36-43)

Essa parábola apresenta as mesmas verdades que a anterior, com pequenas variações. Temos aqui o caráter misto do reino e a separação final e absoluta dos homens em dois grupos. Mais uma vez, nessa primorosa parábola adicional, o próprio Pregador, com simplicidade característica, e clareza encantadora, expõe o significado de seus ensinamentos. Na Parábola do semeador, "a semente é a palavra de Deus" (Lc 8:11). Mas os que a receberam em seus corações e experimentaram-na como a Palavra transformadora, são agora "filhos do reino", como se expressou Tiago: "Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da sua verdade" (Tg 1:18).

Essa parábola apresenta o problema do mal. A mistura do mal com o bem é uma condição que nos confronta em todas as escalas sociais, em todas as formas de governo, no lar e na igreja. Não importa como legislamos ou separamos, as sementes da corrupção parecem alojadas e crescem como joio pernicioso em campos férteis. O verdadeiro e o falso estão sempre conosco. O bem e o mal estão indistintamente enlaçados em nossa sociedade humana.
Na Parábola dos solos havia um semeador, uma espécie de semente e seis resultados. Na Parábola do trigo e do joio há dois semeadores, duas espécies de semente e duas colheitas: a do bem e a do mal. Na primeira parábola há quatro tipos de solo. "O campo" não está dividido em quatro partes desiguais; todavia cada um dos quatro tipos de solo, da parábola anterior, pode ser achado por todo o campo. A boa terra não está separada por si mesma no campo, mas está "entremeada com outros solos por todo o campo". Essa é uma importante característica a observar na interpretação dessa parábola.
Campo.
O que devemos entender pelo campo ter produzido tanto trigo quanto joio? Alguns comentaristas crêem que, pela referência ao "trigo", nosso Senhor disse que o campo representa a Igreja ou a cristandade. O dr. E. H. Kirk diz: "Esta parábola é uma. declaração profética de que a igreja de Cristo na terra seria um corpo imperfeito. A igreja visível ou a igreja como corpo organizado na terra tem duas espécies de imperfeições: os defeitos pessoais dos regenerados e a filiação de pessoas não regeneradas. Essas imperfeições têm, em todas as épocas, despertado um zelo sincero; mas também causaram zelo impuro e entenebrecido pela obra purificadora. O propósito dessa parábola é esclarecer e modificar a primeira e despir a última dos seus argumentos plausíveis". Fausset igualmente afirma que o joio foi semeado com o trigo, ou "depositado dentro do território da igreja visível". Arthur Pink também identifica o campo como o mundo religioso.
Jesus falou claramente que "o campo é o mundo" "seu campo" (13:24,38). Aqui ele reivindica o direito de propriedade. Não negamos o fato lamentável que no reino do cristianismo professo existam o joio e o trigo, todos dentro da verdadeira igreja, a igreja do Deus vivo. Os autênticos cristãos formam a boa semente, o trigo, mas na cristandade pode-se ver uma mistura de "filhos de Deus" com os "filhos do diabo". Note as expressões seu campo e teu campo, as quais declaram que o Mestre é o Proprietário, Senhor e Agricultor desse mundo. "Do Senhor é a terra e a sua plenitude". Esse campo, então, é a esfera da habitação humana, no mundo que Deus ama (Jo 3:16), e no qual o inimigo apanha a boa semente, e também semeia o joio.
Dois semeadores.
Os ouvintes dessa parábola são os mesmos da anterior, a saber, a multidão reunida na praia e os discípulos no barco. A esses, Jesus descreveu os dois semeadores, tão diferentes em caráter e propósito. Primeiro, havia o "homem" revelado como "pai de família" (Mt 13:24, 27) e como "o Filho do homem" (Mt 13:37). Na parábola anterior "o semeador" representa todos os proclamadores do evangelho, inclusive o próprio Jesus. Aqui, "o semeador" é apenas Jesus. Como Criador, ele fez o homem íntegro, quando o criou à sua semelhança, i.e., plantou dentro dele santos princípios e aspirações. O outro semeador é chamado "seu inimigo", "um inimigo", "o maligno", "o diabo" (Mt 13:25,28,38,39). Não demorou muito, até que Satanás semeasse o joio no trigo de Deus ou seja, em Adão e Eva. A palavra que Jesus usou para designar o seu inimigo foi diabolos, o caluniador, o mentiroso, aquele que é contra toda a verdade. Note a ênfase aqui: "seu inimigo", ou seja, inimigo de Cristo. Jesus sempre foi o alvo da maldade do diabo (Mt 4:1-11). A Trindade do bem e do mal são opostas uma a outra: o Pai e o mundo (Uo 2:15,16); o espírito e a carne (Gl 5:17); Cristo e Satanás (Gn 3:15). Seu inimigo semeou no campo que não era dele. A despeito da maldade prevalecer no Universo, esse ainda é o mundo de Cristo, e quando ele retornar como "Príncipe dos reis da terra", esse será um lugar puro para viver.
A astúcia do inimigo pode ser vista por ele ter semeado o seu joio entre o trigo, enquanto os servos dormiam. Não podemos tomar isso como falta de vigilância pelo campo semeado. Sem dúvida, era noite, a hora normal de dormir para os trabalhadores do campo e para os vigias. Discernimos melhor a natureza covarde do diabo, que escolheu a escuridão para as suas obras diabólicas. Satanás semeia secretamente, e os enganados pelo diabo amam as trevas porque suas obras são más. Assim, os servos que dormiram não são apenas adorno ou cores na parábola.
Dois produtos.
O filho do homem semeia trigo em seu campo, e "seu inimigo" semeia joio "no meio do trigo". Esse ser diabólico não pensaria em semear os maus entre os maus. Ele semeia o maligno entre o bom, e os dois juntos constituem a cristan-dade. O que podemos entender pelos produtos figurados da parábola? Tomemos primeiramente:
Joio. As ações do diabo eram motivadas pela completa malícia, pois o joio, como erva daninha, nunca teve valor comercial. Mais, precisamente, o "joio" é uma semente dificilmente distinguível da semente do trigo (e a diferença não pode ser detectada até que tenha brotado). "Joio" não é aquilo que entendemos pelo termo, mas algumas espécies nocivas de plantas, alimento, como o milho selvagem. Joio! Um inimigo tão vigilante e inquieto como Satanás tem tanto para semear! O joio da sabedoria carnal, do orgulho de ignorar o pecado. E porque, como nos informa Thomson em Land and the book [A terra e o livro], "um exame preciso geralmente será incapaz de detectar a diferença entre joio e trigo, quando ambos ainda não desabrocharam". Seu método é oposição pela imitação como afirma o dr. Scroggie. Os maus são semeados entre os bons, e a diferença nem sempre é visível. Muitos que não são do Senhor, contudo assemelham-se aos-que são: vão à igreja, oram, lêem a Bíblia como cristãos, mas são, na verdade, sem Cristo.

Richard Glover, em seu Commentary on Matthew [Comentário de Mateus], informa-nos que o joio semeado no meio do trigo era "uma forma de vingança, felizmente rara, contra a qual foram feitas as leis em Roma, que são às vezes praticadas em todo lugar. O agravo causado era o envenenamento de uma parte do trigo, que exigia muito trabalho para livrar-se dele, e a indolente presença, durante anos, de algumas sementes perniciosas. Quão perversos tornam-se os homens, quando dão lugar à vingança! Dean Alford teve um campo onde foi semeada mostarda selvagem por um inimigo que o detestava". O diabo, então, é vingativo e malicioso.
Mas em sua interpretação da parábola, Jesus diz que o "joio" são "os filhos do maligno" (13:38); não plantas, mas pessoas. Que diferença de natureza sugerem as expressões filhos do reino e filhos do maligno. Estes não tiveram origem no maligno, mas muitos moldaram seu caráter à vontade dele, e são, por isso, chamados seus filhos (Jo 8:44). São esses os que Satanás semeou entre "os filhos do reino".
Trigo. "A boa semente", "o trigo", "os filhos do reino" são termos equivalentes. Na parábola anterior, "a semente era a palavra do reino, mas aqui "a boa semente" é o produto daquela palavra recebida, entendida e obedecida, ou seja, os que por meio dela se tornaram "filhos do reino". O Filho do homem, como o Semeador e Pai de família, semeia apenas boas sementes: vidas transformadas pela palavra, que incorporam a palavra da verdade. Esse é o propósito do Redentor ao semear seus redimidos nesse mundo de pecado e miséria, para que produzam fruto para a glória eterna e prazer por suas almas transformadas. E por isso que ele o semeou onde você vive e trabalha. Como alguém comprado por um preço e nascido do seu Espírito, uma nova criação nele e herdeira da vida eterna, Jesus espera que você frutifique no lugar do campo desse mundo onde ele o plantou.

Duas perguntas.
Os servos do Pai de família ou Proprietário do campo fizeram-lhe duas perguntas gerais:
A Primeira pergunta: "Senhor, não semeaste tu no teu campo, boa semente — como então, está cheio de joio? [...] Queres que vamos arrancá-lo?" A primeira pergunta está dividida em duas partes, onde a primeira reconhece que o campo era do Pai de família, e ele mesmo havia semeado, e semeara apenas boas sementes.
A terra é do Senhor. Também ele originou e primeiro disseminou o evangelho, nada além do evangelho. Mas a segunda parte da primeira pergunta nos conduz ao mais profundo de todos os mistérios, a saber, a origem do mal e a sua permanência no mundo. O problema dessa parábola é tão antigo quanto a raça humana. Por que permitiu-se à serpente entrar no Paraíso? Por que permitiu-se que Judas fosse um dos doze? Por que a igreja primitiva quase foi arruinada pelos falsos cristãos? Por que Deus permite que o pecado e a tristeza afetem o seu mundo hoje? Jesus disse: "Um inimigo fez isto". Mas por que o inimigo está tão ativo, após quase dois milênios de cristianismo, e semeia mais joio do que nunca no campo de Deus? Esse é um dos mistérios a ser revelado. Atualmente, como "cristãos, deveríamos estar mais preocupados com a vitória sobre o mal, do que com uma completa explicação sobre ele".
A segunda pergunta: "Queres que vamos arrancá-lo?" (o joio) faz supor que os servos queriam livrar o campo da erva daninha de uma vez. A resposta do Pai de família está dividida em duas partes. Antes de tudo, ele se refere ao crescimento do trigo e do joio. Antes de amadurecer, o joio e o trigo são muito parecidos; e tentar destruir o joio, podia significar também a destruição do trigo. A separação entre um e outro estaria além da sabedoria dos servos. A segunda parte da resposta trata da colheita final. "Deixai crescer ambos juntos até a ceifa". Não é para sempre que a boa semente e o joio estão misturados. Virá o tempo da separação, quando anjos, e não homens, vão amarrar o trigo e queimar o joio.
Duas colheitas. Ao se referir à época da colheita, Jesus disse que os ceifeiros seriam capazes de distinguir entre o trigo e o joio, e a separação seria desse modo:
Primeira colheita: "Colhei primeiro o joio, atai-o em molhos para o queimar [...] Colhei o trigo e recolhei-o no meu celeiro". Essa colheita e destruição do joio dar-se-ão no "fim do mundo". Vamos tratar antes de tudo da destruição do joio, que será atado em molhos. Como a amarração do joio em molhos se sucede no campo, é interessante observar como esse processo de atar o joio em molhos é espantosamente rápido. Que maravilhoso se saísse à ordem divina: "Ajuntai o joio em molhos". Um dia “Todos” ouviremos a voz Poderosa do Senhor, que dia maravilhoso não será este!

Depois de colhidas e atadas, as ervas serão destruídas pelo fogo. A época dessa colheita está designada: "Pois determinou um dia em que, com justiça, há de julgar o mundo" (At 17:31). O curso da história humana, então, encaminha-se para o juízo. "O tempo da tribulação moral e do juízo aproxima-se com toda precisão do mecanismo moral, e ninguém escapará a esse último grande julgamento". Quanto ao tempo em que os ceifeiros obedecerão à convocação do Pai de família, para lidar com o joio, Jesus disse que seria no "fim do mundo", o fim da era dos gentios, quando Cristo retorna à terra como Rei, e expulsa de seu reino tudo o que causa tropeço (Ap 16:14-16). O juízo final de todos os ímpios terá lugar no dia do Trono Branco, para testemunhar a ratificação do juízo de Deus sobre Satanás, os anjos maus e todos os que morreram sem Cristo.
"Queimados no fogo" é a expressão mais solene. Como o "joio" simboliza todas as almas perdidas, não podemos elucidar o seu futuro depois desse destino declarado. Jesus declarou a futura destruição do joio.
A "fornalha de fogo" e "pranto e ranger de dentes" dizem respeito aos horrores do inferno e da morada do joio, o Lago de Fogo. Essa linguagem vigorosa é de pavorosa contemplação. Eles serão "atirados ou lançados designam indignação, aborrecimento e desprezo (SI 9:17; Dn 12:2); 'a fornalha de fogo' denota a ferocidade do tormento; o 'pranto' significa a angústia que o sofrimento causará, enquanto 'ranger de dentes' é um modo gráfico de expressar o desprezo de seu irremediável destino (Mt 8:12)". O castigo do iníquo será terrível (Ap 20:11). O que Jesus falou sobre molhos no fogo não era apenas roupagem de parábola, mas uma solene revelação e declaração do destino final de todos os ímpios (Hb 2:1-4).
Segunda colheita: Mas que colheita diferente aguarda o trigo que será recolhido no celeiro divino? Não haverá joio naquele celeiro, exatamente como não existirá trigo na fornalha de fogo. A pergunta é: "Quando será recolhido o trigo do Filho do homem?". Quando Jesus voltar nos ares, então será recolhido todo o seu trigo do campo desse mundo. Que recolhimento dos resgatados será esse! (lTs 4:15-17). O celeiro onde nos recolherá não será porventura a Casa de seu Pai? (Jo 14:1-3). Seus escolhidos, recolhidos dos "quatro ventos" (Mt 24:30,31), estarão com Jesus para sempre. Que glorioso destino espera os justos, os quais resplandecerão como o Sol eternamente! Serão exaltados e bem-aventurados para todo o sempre (Mt 13:43; 25:34)! Foram chamados em Cristo para a eterna glória de Deus (lPe 5:10; 2Pe 1:1-11). Uma encantadora esperança é a porção de todos os que foram salvos pela graça (Dn 12:1-3; At 14:22; 2Tm 2:12).
Conclusão: Há outro ponto a destacar na conclusão dessa meditação, a respeito da Parábola do trigo e do joio, a saber: vivemos ainda na época da graça, quando joio pode vir a ser trigo, ou pecadores podem ser transformados em santos. A parábola não exclui essa mudança antes que "o fim dos tempos" tenha chegado. Por essas palavras de Jesus, aprendemos que, pelo seu poder, o inimigo pode ser derrotado, e seus escravos feitos em servos de Deus. Os filhos do diabo podem ainda tornar-se filhos do reino, e ser salvos, portanto, do terrível Juízo Final. Membros impostores da igreja podem ser transformados em crentes genuínos e úteis. Então, não há uma aplicação pessoal a pensar? Jesus falou a Pedro que ele era trigo e que, como tal, seria peneirado por Satanás e, nesse peneirar, a palha ou joio desapareceriam (Lc 22:31). Temos razões para examinar o campo do nosso coração para descobrir se o inimigo semeou lá algum joio? Quanto mais o Senhor tem do nosso coração, menos terá o diabo.


Estudo Tirado do livro:
“Todas as Parábolas da Bíblia”
Dr. HERBERT LOCKYER

O QUE FAZER NO MOMENTO DE CRISE? Jonas 2.1-10

O que Fazer no momento de Crise?

Introdução:

Muito passam por momentos de crise e contam como remota a idéia de que não dura para sempre. A crise não perdura por um tempo em que não possamos suportá-la. O mais interessante é a maneira que passamos pelas dificuldades cotidianas, pelos tormentos que algumas vezes nos leva a desistir do que almejamos, do que esperamos.

Hoje encontramos pessoas, que agem de forma precipitada e não conseguem avistar uma solução para sua dificuldade. É comum encontrarmos nos noticiários: “Jovem cometeu suicídio” ou “Homem desesperado se joga da ponte”. Mas porque tais pessoas se renderam ao fracasso e não subsistiram aos caos apresentados pela vida?

Qual é a crise que você está vivenciando no momento? Crise existencial? Crise no casamento? Crise no seu trabalho? Hei, tenho uma noticia para você meu irmão e minha irmã, você não esta isento, você um dia passar por isso, mas dependerá da maneira que você passa por este momento de crise. Como você deve agir? O que você deve fazer? Em quem você deve confiar? Nossa esperança está no Senhor que fez os céus e a terra!

Vejamos um exemplo relatado na palavra do Senhor; a vida de Jonas. Homem que recebera uma ordenança da parte do Senhor para executar uma obra. Mas quando lemos o que se passou com Jonas, podemos até pensar que ele foi um medroso, que fugiu da sua responsabilidade ou algo do gênero. Mas sua realidade era bem diferente, o povo Ninivita era cruel e faziam barbaridade com os profetas e por isso Jonas preferiu interferir no agir de Deus, ele semeou a fuga e colheu crise para si.

A diferença de Jonas para algumas pessoas que estão com algum problema é que Jonas encontrou a solução para seu momento de “crise”. Encontramos tesouros escondidos em suas atitudes no momento da sua crise, no momento da sua aflição, quais seriam tais atitudes cruciais?

Que fazer num momento de crise?
  • Quando estamos num momento de crise devemos:

1)    Reconhecer a situação em que estamos (v 1-5)

Interpretação:

  • Jonas estava com a certeza de morrer nas profundezas do mar. Jonas retratou sua situação difícil como se tivesse sido enterrado vivo. E descreve a situação em que esta de forma melancólica.

  • Tudo começou a mudar quando Jonas reconheceu sua situação, foi quando ele caiu em si e viu que era totalmente pequeno e nada poderia fazer naquele momento. Jonas se desesperou e viu que era real tudo o que estava vivenciando, ele relata detalhes que evidenciam seu desespero, sua angustia.
Jonas não fugiu da sua situação, ele a encarou, ele não se acovardou, se escondendo por detrás da bebida, por detrás dos vícios. Jonas reconheceu que fora jogado por Deus quando se sentiu na solidão, quando se viu diante do grande mar. Há quem diga que a pior solidão é quando a pessoa está no meio da multidão. Este é apenas um simples exemplo, o mais importante é o reconhecimento da sua situação. O reconhecimento da nossa situação pode mudar o estado em que nos encontramos.

Aplicação:

  • Assim como Jonas e a família deste fazendeiro, devemos reconhecer a situação em que estamos e nos arrepender diante de Deus para que então haja uma solução para o momento de crise.
A luta e o conflito têm assombrado a raça humana, de um modo ou de outro, desde o dia em que Adão e Eva decidiram rebelar-se contra Deus.
A partir daquele dia a morte e o sofrimento passeiam por cada cidade e vila, por cada lugar desta terra.
Mas as vezes igualmente de forma repentina no momento de nossa conversão, entramos em um tempo de relativa paz e calmaria . Por quê?
Porque reconhecemos o estado em que estávamos, estado de pecadores dominados pelo pecado, nos arrependemos e então o Todo Poderoso que passa a ser o Dono de nossas vidas, nos ajuda nos nossos momentos de crise.
Meus amados irmãos, nós somos fracos, falhos, mas também somos orgulhosos muitas vezes não queremos reconhecer nossa situação, não reconhecemos nossas fraquezas e limitações por causa do nosso orgulho e acabamos nos enrolando


Que fazer num momento de crise?
  • Quando estamos num momento de crise devemos:

2)    Lembrar-se do Senhor (v 7-09)

Interpretação:

  • O desespero seguido pela fé ajudou Jonas a se lembrar do Senhor  no momento de seu desespero e angustia (v.7).
 Os idolatras e desobedientes se afastam da fonte da misericórdia que é o próprio Deus, qualquer objeto de devoção substitui a palavra de Deus (v.8).
Jonas simplesmente agradece a Deus por sua vida e reconhece que verdadeiramente só do Senhor vem a salvação (v.9)

Ilustração:

  • Certo jovem rico ganhou de seu pai um carro, muito dinheiro e sua faculdade totalmente paga, ou seja já estava com sua vida feita. Mas juntamente com o carro o dinheiro seu pai lhe deu uma bíblia, que foi o único presente que nunca havia nem pego nas mãos e lhe disse que no pior momento quando não tivesse mais saída ele encontraria naquela bíblia solução para a situação em que estivesse vivendo;
Ele não soube aproveitar como muitos dos jovens que vemos hoje e gastou todo o que seu pai tinha lhe dado. Em um momento de extrema crise quando ele já tinha perdido tudo, ele pegou a bíblia como a única solução de que seu pai havia dito, porque aos seus olhos ele não via saída para aquela situação.

Então ali dentro daquela bíblia ele encontrou um cheque em branco e um bilhete escrito pelo seu pai que ele poderia preencher com o valor que ele precisasse e também que aquele cheque representava o valor das palavras que ali estavam escritas.

Então aquele jovem lembrou-se do Deus a quem seu pai servia e que ele mesmo havia rejeitado.


Aplicação:

  • Nos momentos de crise nos lembramos das pessoas mais próximas (pai, mãe, parentes) para que nos ajudem e nos esquecemos de Deus ou recorremos a Ele em ultimo caso como ocorreu com o jovem desta ilustração.
Quando tudo na vida vai bem muitos acham que não precisam de Deus pois já tem tudo, mas quando perdem a esperança ai sim recorrem a Ele.

Devemos nos lembrar do Senhor tanto em momentos de crise quato em momentos maus também.

Quando nos lembramos do Senhor e nos apegamos a Ele nossas crises podem nos tornar tão intensamente apegados a ele que não nos importaremos com a dor ou o sofrimento.

Assim como Jonas devemos nos lembrar do Senhor e mostrar nossa gratidão, pois podemos nos esquecer de Deus, mas Deus nunca se esquece de um dos seus filhinhos!

Conclusão:

  • Como podemos verificar no versículo 10, O Senhor atendeu a oração de Jonas livrando-o do peixe, mas somente depois dele ter reconhecido a situação em que ele estava, ter se arrependido de sua desobediência e ter lembrado que somente do Senhor vem o livramento.
Mesmo de dentro de um peixe sua oração foi ouvida por Deus.
Podemos clamar ao Senhor em nosso momento de crise e Ele sempre nos ouvira e nos trará a solução, pois para Ele nossa crise nunca é demasiadamente grande e nem nossa situação demasiadamente difícil!

Portanto meus irmãos, em um momento de crise, devemos reconhecer a situação em que estamos e lembrarmos-nos do Deus do impossível!

Procure ter certeza de que nenhuma crise venha ocupar o lugar a que somente Deus tem o direito em nossa vida!


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